segunda-feira, 4 de outubro de 2010

CARBOIDRATOS E ÍNDICE GLICÊMICO

Os alimentos e a glicemia

Carboidratos e Dieta
Os carboidratos são as moléculas mais abundantes nos alimentos naturais. Eles representam a principal fonte de energia utilizada nas reações bioquímicas das células. São também a matéria-prima da reserva energética do corpo, que armazena os carboidratos na forma de glicogênio.


Dependendo do tipo do carboidrato, da presença de proteínas, de gorduras e de fibras, a absorção dos alimentos acontece em velocidades diferentes. Os carboidratos mais simples são os monossacarídeos (glicose e frutose) e os dissacarídeos (sacarose, maltose). Exemplos: açúcar branco, farinha branca, arroz branco e os alimentos fabricados com estes, como o pão branco e as massas.
São indicados especialmente depois de um treino, pois fornecem energia de uma maneira rápida, necessária para a recuperação do esforço físico.

Os carboidratos mais complexos são os polissacarídeos (amido, glicogênio e celulose). Eles também têm uma boa quantidade de fibras. Exemplos são os cereais integrais (arroz, cevada, aveia e trigo), feijões, milho, pão integral, lentilhas, verduras e frutas.

São indicados para serem ingeridos por pessoas antes dos treinos longos, pois eles alcançam a corrente sangüínea de forma lenta e contínua, provendo energia durante um prolongado período de tempo.

O que é índice glicêmico?
Todos os carboidratos são digeridos e transformados em glicose, o combustível do organismo. Quando essa transformação é rápida, diz-se que esses alimentos possuem um IG alto. Nesses casos, a glicemia aumenta rapidamente e uma grande quantidade de insulina é secretada.

A ingestão constante de alimentos de alto IG faz o pâncreas secretar insulina continuamente para levar essa glicose para dentro das células dos músculos, onde é transformada em glicogênio. Se a ingestão de alimentos com alto IG continua, o corpo começa a converter o excesso de glicose em triglicérides, que são armazenados na forma de gordura.

Ao mesmo tempo, a secreção continuada de altos níveis de insulina cria um mecanismo de resistência no organismo. Uma das consequências é o aumento da produção de insulina.

Tem início aí um círculo vicioso: a ingestão frequente de alimentos que de elevado IG leva o organismo a se tornar resistente à insulina e a pessoa fica vez mais obesa porque quanto maior for a quantidade de glicose no sangue, mais insulina o pâncreas produz para fazer essa glicose entrar na célula para diminuir o nível sanguíneo da glicose e assim o círculo vicioso está instalado, com a resistência do organismo à glicose estabelecida.

A pessoa engorda cada vez mais, isto é cada vez mais o seu nível de glicose aumenta, mais insulina é produzida e mais resistente ela fica.

Para sair deste estado, deve-se optar por alimentos de menor índice glicêmico. Assim, a insulina não será tão solicitada e a resistência diminuirá, permitindo que a glicose se mantenha em níveis menores no sangue. Isso fará diminuir também a taxa dos triglicérides.

Quando a demanda de insulina é menor, a manutenção da glicemia é melhor e há uma redução da lipidemia. Dessa maneira se consegue prevenir e tratar doenças crônicas como a obesidade, diabetes, as doenças cardíacas e até alguns tipos de câncer.